quinta-feira, 26 de novembro de 2009

NÃO SENTIR DOR É UMA MARAVILHA

Não sentir dor é uma coisa maravilhosa!
Ultimamente tenho tido problemas na coluna. Além de já tê-la de longa data meio requenguela, há alguns meses, uma sucessão de eventos, que vão desde a mera bobeira de pegar pesos na posição errada até bancos que quebraram quando sentei, complicou o funcionamento da minha coluna. Vai daí que as dores têm participado de meu dia-a-dia, dificultando movimentos, colando-se a cada uma das minhas tarefas, sublinhando os momentos dos dias. Faço quiropraxia com Ian, um cara gigantesco, mas um doce, cujo cotovelo pode ser um dos mais poderosos instrumentos de tortura terapêutica que já existiu na face da Terra. Quando saiu das sessões parece que não tenho peso sobre os ombros. É uma delícia. Também após as aulas de Pilates a sensação é muito boa!
Aliás, vale um parêntesis: Imaginem vocês que o Vale do Capão, conquanto seja um lugarejo de nada nesta imensidão quase erma que é a Chapada, com cerca de 1500 almas vivendo aqui, oferece a seus moradores coisas insuspeitas. Ademais da beleza inacreditável, dos eventos meteorológicos inesperados, como céus e postas de sol de surpresa surpreendente naqueles invernos frígidos, ou os mesmos céus completamente azuis em primaveras ventosas, cachoeiras rompendo o silêncio das serras como dentes brancos risonhos nas chuvas dezembrinas... Bom, não vai dar para dizer tudo! Pois é, como se não bastasse a beleza natural ainda somos brindados com uma escola de circo, dois grupos de capoeira, coral, reizado, drama (um fenômeno cultural tradicional aqui no Vale), Pilates, Quiropraxia etc. E esse ‘etc. ’ não é pouca coisa. Embora para mim, o melhor de tudo mesmo é receber um abraço de Beli, uma gozação de Lili e Luís, conversar com Salvador, Luís Quati, Dozinho, Gilsinho, Dalva, Beli e tantos outros antigos daqui... Mas voltando à dor:
Muito devargazinho meu organismo vem se descolando da mazela nas costas. Acompanho a melhora no uso do cataplasma de argila, do gelo, das mãos enormes de Ian, dos movimentos no Pilates. Aos poucos os movimentos começam a aerear-se do sofrimento. Hoje saí para caminhar pela manhã e contatei com a não-dor. Uau! Indiscutivelmente nada como o contraste! Não estou livre do desconforto, mas só a melhora me diz de um mundo de horizontes dourados.
Quando era jovem padecia de dores abdominais, diarréias e desconfortos muito desagradáveis. Era atroz. Porém com o naturismo minha vida mudou radicalmente. Hoje, muitas vezes estou fazendo qualquer coisa, nadando ou roçando, cuidando de doentes... O que seja. De repente me dou conta de que não mais sinto aquelas dores. Livrei-me delas há mais de 30 anos e ainda não me acostumei, no sentido de que ainda me surpreende esta extraordinária liberdade que é estar sadio.
Em 26 de novembro de 2009 recebam um abraço sadio de Aureo Augusto.

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