segunda-feira, 13 de abril de 2015

O MIJO DO CACHORRO

Nestes últimos tempos tenho tido momentos onde recebo presentes sob a forma de reconhecimento do meu trabalho, visitas de pessoas de significativo valor social, político e administrativo, afagos dos filhos, manifestações de consideração dos vizinhos, e, até, participar de um documento do Globo Repórter.

Tenho plena consciência de que tais momentos são excelentes para nos fortalecer e para nos incentivar a seguir adiante em nossas tarefas, no entanto, sei que também podem nos induzir a sentir uma vaidade desmedida. Neste agora e como sempre luz e sombra dançam a vida para torna-la mais divertida.

Por sorte, em muita medida aprendi a dialogar com a minha vaidade, e quero que saibam todos que quem mais me ensinou a não me deixar levar (demais) pela vaidade foram as mulheres que passaram (e passam) pela minha vida, com seus “sim”, com seus “não” e “talvez”, suas percepções, suas palavras de elogio, entusiasmo, críticas e negações. Sou grato a elas, porque sem sua percepção acurada eu teria afundado em várias fantasias, perdido o norte mais ainda do que o habitual de me perder. Naturalmente alguns homens também entraram em minha vida e me agraciaram com sua ajuda, mas foram elas as grandes professoras que me ensinaram a nunca esquecer de que sou um entre outros, e, como todos os demais, uma mistura de maravilhas com nulidades.

No penúltimo domingo, na feira, após um encontro com pessoas que muito me agradaram e depois de o povo do Capão me elogiar e tripudiar de mim com brincadeiras variadas e piadas sobre a minha aparição na televisão, parei na barraca de Japão, que comentou da beleza do Globo Repórter e de minha participação. Nesse momento um cachorro se aproximou e... Mijou na minha perna.
Japão e os demais deram pra rir, e eu também. Aquilo, por paradoxal que pareça, não me irritou. Para mim foi algo me colocando em meu devido lugar. Que ninguém pense que desejo aniquilar o ego. Longe disso, quero-o forte, porém em sua função. Assim o elogio de meus amigos a par do mijo do cachorro me puseram no meu lugar entre a maravilha e a nulidade.


Recebam um abraço de Aureo Augusto, uma pessoa como você e os demais.

5 comentários:

  1. Sensacional. Não poderia ser diferente vindo de você. Assisti o Globo Repórter e por coincidência estava em Mucugê e com viagem para o Buracão dia seguinte. Fiquei orgulhosa de sua aparição . Bem merecida. Mas esse cachorro em? Kkkk

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  2. Sensacional. Não poderia ser diferente vindo de você. Assisti o Globo Repórter e por coincidência estava em Mucugê e com viagem para o Buracão dia seguinte. Fiquei orgulhosa de sua aparição . Bem merecida. Mas esse cachorro em? Kkkk

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  3. Muito bom, Áureo. Assisti o documentário no You Tube, anteontem e ontem,
    excelente participação a sua.. E a região mostra ser realmente espetacular.
    Um ótimo lugar pra se morar, com vistas maravilhosas pra qualquer lado que
    a gente se virar. E sendo os habitantes hospitaleiros e prestativos, como
    parecem ser e você confirma, o paraíso não tem outro endereço.

    E os cachorros parecem ter a função extra de nos lembrar de olhar o chão.
    Em dezembro passado, escorreguei em xixi de cachorro e, de repente,
    estava com a testa no chão, dando graças a Allah!
    Não é legal isso?
    Abraço maravilhado.

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    Respostas
    1. vc tem razão. Para mim foii bem legal essa experiência.

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