quinta-feira, 10 de julho de 2014
sexta-feira, 4 de julho de 2014
HORIZONTALIDADE
Partilho com vocês um poema que fiz em abril deste ano:
HORIZONTALIDADE
A vida tem todas as possibilidades de
grandes glórias e aventuras
E elas, as possibilidades, aí estão
espreitando-me;
Alegra ao meu coração aventureiro poder
flertar com elas
E saborear em alguns momentos coisas
afins com a conquista
Com descobertas de novos mundos e
alegrias feitas de fantasia.
Então, quando os meus membros se cansam
de aplaudir as ilusões
E quando as pálpebras e as sobrancelhas
se exaurem do assombro
Olho para o oco em meus pés, o pó entre
os dedos sujos
Sinto aquela agradável sensação de
cansaço na panturrilha
Depois de uma caminhada bem longa,
voltando do trabalho.
Quando chego em casa ao anoitecer acompanhando
o espichar-se das sombras
Conheço o sabor do ar penetrando
olorosamente os recônditos de meu cérebro
Dizendo-me onde isso ou aquilo, cada
coisa, distribuindo-se no meu pequeno mundo
Em que cada suspiro e riso, cada piscar
ou rir, enfim nada está em nenhum lugar
Habitado pelas potestades celestes,
glórias extraordinárias ou epítomes de prazer.
Sento-me diante da lareira apagada (se
não faz frio);
Naquele lugar os momentos de percepções
geniais
São uma alegria tão grande quanto o
sabor comum do meu dia
Ou como as costas sentindo o tronco da
árvore no repouso.
recebam um abraço horizontal de Aureo Augusto.
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