Tenho revisitado alguns textos antigos e encontrado algumas coisas que, penso, podem ser úteis para a reflexão, partilho mais uma:
Uma das coisas que mais me impressiona é que nenhum dos mestres de sabedoria, nenhum literato ou erudito, psicólogo ou filósofo conseguiu esgotar o significado do ser humano, ou explica-lo, ou, de maneira definitiva estabelecer como ele deve ser, sua melhor e mais categórica maneira. Não há uma escatologia definitiva para a vida humana, uma vez que esta, em realidade, é um largo processo ainda em fase de construção.
Não sou um erudito que já tenha lido tudo e, portanto, não posso basear minha afirmativa acima no fato de conhecer toda a enorme e diversificada produção intelectual ou espiritual humana, no entanto percebo que dentre os muitos seres extraordinários que se dedicaram à antropologia, ou seja, ao estudo do ser humano, uma significativa parcela deles acreditou que havia descoberto a pedra de toque que revelaria o ouro do conhecimento quanto ao que somos. Mas apenas tocava uma de nossas inumeráveis facetas. Alice Bailey comentou em um de seus livros que freqüentemente os buscadores descobriam pequenas porções da verdade, entreabriam janelas, e pensavam que haviam visto o Todo e se regozijavam com isso. Estes descobridores da parte afirmavam-se como detentores do Todo e, dessa maneira saíam (e saem) espalhando aquela secção do saber universal como se apresentasse a Verdade completa. Ocorre-me que esta visão equivocada é uma das causas do totalitarismo, bem como do fanatismo e do sectarismo, na medida em que esta identificação do Todo com a parte, faz da parte o Todo, na mente dos que crêem e a fração passa a adquirir valor que não tem (o valor do Todo). O resultado é que regras são estabelecidas e recebem o título de leis inabaláveis. Não obedecê-las representa uma ameaça a tudo aquilo que acreditamos e, o que é pior, como o que acreditamos é identificado com o Todo, não acreditar no que acreditamos torna-se uma ofensa ao Todo, ou no mínimo uma manifestação de desprezível ignorância.
Alguns vêem o ser humano como um consciente superficial “boiando” por sobre um enorme inconsciente basicamente sexual, outros nos consideram seres em busca de poder, para outros somos estruturas dissipativas autopoiéticas que passaram por variados saltos de complexidade; há quem veja à humanidade como o conjunto de aglomerações bioquímicas selecionadas pela natureza cujas interações físico-químicas produzem um epifenômeno chamado consciência. Há quem nos considere seres absolutamente imateriais iludindo-se a si mesmos com os sonhos de uma materialidade concreta... para outros somos parte de uma estrutura infinita com um fim determinado mas insondável e outros pensam o mesmo, mas sem fim determinado, onde um Grande Atrator é construído à medida em que avançamos no tempo... O pior, é que todos têm razão. Ou pelo menos, todos têm sua ração de razão.
Quando leio os sábios a que tive acesso admiro-me da percuciência com que penetram fundo na realidade das coisas. Vejo que alguns revelam fatos e propõem explicações sumamente pertinentes, coerentes, verdadeiras. Outros revelam fatos e propõem explicações de idêntico valor, tão verdadeiras quanto, porém opostas. Admira-me que os sábios estão todos certos e aqui vale um discreto e saudável ceticismo. Aplaudo a todos os sábios, honra-me apenas o fato de lê-los e de às vezes entende-los, mas sempre mantenho uma desconfiança de que ali tem uma maravilhosa parte de nós. Apenas isso!
Aureo Augusto, em 30/12/05.
domingo, 18 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
O PONTO DO MANINHO
Luis Quati, que também é conhecido por Maninho, está muito feliz porque acaba de fazer seu novo... Como direi? Lugar de encontro. Sim, porque não é um bar, tampouco uma mera lanchonete. Ali terá caldo de cana, mel, aipim, rede para se esticar, um córrego para se deliciar etc. É, ao mesmo tempo um lugar onde se pode comer, mas também um canto para descansar e bater papo, coisa, aliás, que é uma especialidade de Luís Quati. Para mim foi uma alegria conversar com ele hoje de manhã e escutar ele contar seu périplo até alcançar esta nova conquista na qual investiu muito. Ele tinha um pequeno barraco construído na beira da estrada perto de minha casa. Mas era na terra de um tio que tendo vendido o terreno despejou-o. Conta que sofreu muito, mas não perdeu a fé n’Ele (e aponta o dedo para cima), afinal, comenta, “não sou de prejudicar ninguém, não desejo mal a ninguém e quem é assim Ele protege” e aponta para cima... Decidiu que em seu novo espaço tudo será novo, segundo ele porque tudo tem que ser novo já que é novo. Não entendi muito o imperativo, mas aprovei com alegria. Ele chegou espalhafatosamente quando me viu adubando um pé de amora e me interrompeu candidamente para contar as novidades tão alvissareiras. Depois de meia hora de uma conversa que muito me fez feliz, ele à guisa de desculpa comentou que me interrompeu, mas depois acrescentou que não havia necessidade de pressa. Lembrou-se do finado pai de Biu que sempre dizia: “Faz melhor quem Deus ajuda do que quem cedo madruga”. Eu, particularmente, na minha ignorância, havia escutado o ditado de outra forma, mas fui obrigado a concordar, pois muito mais vale estar com a força do Todo Poderoso do que acordar cedo. Nada contra madrugar, gosto disso e Luís não se furta, como todo mundo da roça, a acordar com as galinhas, porém entendi sua mensagem e continuei com o queixo descansando no cabo da enxada até que ele se foi deixando uma espécie de rastro, perfume, uma espécie de presença de prazer e realização. Porque assim é este meu vizinho: realizado prazerosamente.
Qualquer dia destes vou lá no, como direi, espaço de lazer que ele já batizou: “Ponto do Maninho”. Seguramente vou sentar e conversar um bocado. Escutar e aprovar. Aprender e deleitar-me com esta coisa simples e boa, rica e complexa, variada e única que é viver esta vida.
Este texto foi escrito há algum tempo, em 4/1/06, mas hoje eu vi Maninho lá no seu pto e me lembrei de como merece ser falado.
Recebam um abraço, Aureo Augusto
Qualquer dia destes vou lá no, como direi, espaço de lazer que ele já batizou: “Ponto do Maninho”. Seguramente vou sentar e conversar um bocado. Escutar e aprovar. Aprender e deleitar-me com esta coisa simples e boa, rica e complexa, variada e única que é viver esta vida.
Este texto foi escrito há algum tempo, em 4/1/06, mas hoje eu vi Maninho lá no seu pto e me lembrei de como merece ser falado.
Recebam um abraço, Aureo Augusto
segunda-feira, 5 de abril de 2010
APRENDENDO SEM REPETIR
Tenho tido a oportunidade de contatar freqüentemente com educadores, o que me traz muito aprendizado, como era de se esperar. Uma coisa importante que aprendi é que o ato mecânico da repetição não implica necessariamente na interiorização daquilo que deve ser aprendido. Aprender implica apreender. Apossar-se. Assumir autoria. Gosto do termo em castelhano: adueñarse, tornar-se (ou sentir-se) dono. Daí que o crescimento no aprendizado humano não é semelhante ao crescimento de uma rocha como a ardósia, por sobreposição. Na formação destas rochas, os sedimentos vão se sobrepondo uns aos outros e dessa maneira ela vai crescendo (quando a erosão desgasta tais sedimentos a pedra vai diminuindo). As pessoas que apenas repetem o que fizeram seus ancestrais, se crescem, o fazem como uma rocha e não como um ser vivo, cujo crescimento é de dentro para fora e não por acúmulo de elementos externos. Tais pessoas, quando em contato com o intemperismo que é a evolução da nossa sociedade, são erodidas em suas certezas, já que não desenvolveram a inteligência, vista aqui como a capacidade de responder a novos desafios, a novas questões. Os modelos de relacionamento que os antigos mantinham entre si, com a natureza, consigo mesmos, precisam sofrer transformações, na medida em que a humanidade passa por novos desafios, o aprendizado pode responder a este desafio, mas não o decorar verdades (ou inverdades) antigos e, muitas vezes, anacrônicos.
Entre os índios brasileiros era comum a queimada antes do plantio, o que a médio prazo empobrecia a terra. Quando ocupavam uma certa região, notavam que depois de algum tempo a terra enfraquecia e, por isso, seminômades que eram, abandonavam aquele local em busca de nova área. Ocorre que em algum tempo a área enfraquecida era tomada de volta pela floresta e recuperava suas condições originais, pois a capacidade de regeneração da mata é impressionante, assim como seu poder de transformar resíduos. Na floresta amazônica nada do que seja lançado como dejeto orgânico permanece intocado. Em poucos minutos uma multidão de insetos, vermes e outros seres, reduz o que quer que seja a adubo, que será rapidamente aproveitado pelas árvores. Mas os índios eram poucos, daí que as clareiras que abriam na mata e os resíduos que nela lançavam eram de pouca monta. Hoje, urge que haja uma mudança de relacionamento do ser humano com a floresta, pois que o volume da agressão à natureza é muito grande, já que não somos pouca gente e sim multidões. O desafio que os índios enfrentavam era quanto à própria sobrevivência, mas agora o nosso desafio é quanto à sobrevivência da nossa e das próximas gerações. A poetisa baiana Ester Ferreira nos traz uma reflexão em seu último livro Teu Filho Aguarda a Resposta: “Repetir o que fazem os mais velhos / será o caminho mais sábio?”. Com certeza a nossa resposta terá que ser não, senão desapareceremos.
Não repetir, não trilhar os mesmos caminhos... Mas, o que fazer com todo o conhecimento e a sabedoria dos mais velhos? Seguramente não devemos lançar tudo em uma espécie de balde de lixo da história. Talvez também aqui a reciclagem e o reaproveitamento tenham seu lugar.
Não tenho profunda admiração por guerreiros como Aquiles, ou Átila. Penso que não temos muito que aproveitar da crise infantilóide que o grande guerreiro grego teve quando abandonou a luta contra os troianos, um empreendimento de grupo, por causa do orgulho próprio ferido. Também as infindáveis querelas dos grupos celtas, que propiciaram um sangramento contínuo daquele extraordinário povo, são prova de que os antigos tinham bobagens tão grandes ou maiores do que as atuais. E o que não dizer dos nossos antepassados mais recentes? Os europeus tão bem educados, limpos e estudiosos, devastando o mundo no século XIX, torturando e matando para manter o poder, como hoje em dia faz qualquer destes tiranos do terceiro mundo? E as pessoas cheias de polidez dos séculos passados. Tão admiráveis, comendo da forma certa, curvando a cabeça para as mulheres enquanto se pervertiam no recôndito dos lares. Admiráveis senhores dos engenhos e cidades deliciando-se com o estupro de escravas. Como podemos ver, o mundo de antigamente era tão horrível como o de hoje, senão mais. A diferença é que agora nos horrorizamos um pouco mais, embora não em todos os lugares nem em todas as situações.
Admiro a competência de Aquiles e gostaria de ver esta mesma competência ser usada hoje quando da necessidade real de defesa e também e mais ainda, quando da necessidade de uma diplomacia sem pusilanimidade. É imprescindível que aprendamos com os celtas o seu sentido de liberdade e de nobreza, sua fé em que somos mais do que meros corpos lançados ao mundo. Gosto do senso de dever dos ingleses e do cosmopolitismo francês no século XIX. A coragem dos portugueses do décimo quinto século em seu “navegar é preciso, viver não é preciso” é admirável e sempre o será. Mesmo com todos os seus desvios, os senhores de engenho e das cidades coloniais honravam a própria palavra. Dar a palavra e cumpri-la, sempre será algo a ser emulado.
Não devemos copiar. Não podemos deixar-nos apanhar pela repetição impensada do jeito que aprendíamos a ler antigamente, repetindo “Ivo viu a uva”. No entanto, devemos usar nossa inteligência para atender aos novos desafios, com a coragem de mudar a nossa maneira de atuar no mundo, respeitando cuidadosamente aquilo que recebemos dos antigos, usando todo o enorme cabedal de experiências que deles recebemos, sem, contudo, deixar de construir algo próprio. Usar a coragem de Aquiles, o senso de liberdade celta, o cosmopolitismo francês, o individualismo dos primeiros americanos, o senso do dever inglês, a palavra honrada dos brasileiros (além da sua alegria), juntamente com o impulso ibérico em direção ao mundo novo além dos oceanos. Questionar tudo, experimentar o possível, lidar com o provável neste mundo de incertezas para construir o que há pouco parecia impossível. Erramos, erraremos, errantes, seguiremos acertando. Pois só acerta o alvo quem lança o dardo.
Aureo Augusto, em 10/4/06.
Entre os índios brasileiros era comum a queimada antes do plantio, o que a médio prazo empobrecia a terra. Quando ocupavam uma certa região, notavam que depois de algum tempo a terra enfraquecia e, por isso, seminômades que eram, abandonavam aquele local em busca de nova área. Ocorre que em algum tempo a área enfraquecida era tomada de volta pela floresta e recuperava suas condições originais, pois a capacidade de regeneração da mata é impressionante, assim como seu poder de transformar resíduos. Na floresta amazônica nada do que seja lançado como dejeto orgânico permanece intocado. Em poucos minutos uma multidão de insetos, vermes e outros seres, reduz o que quer que seja a adubo, que será rapidamente aproveitado pelas árvores. Mas os índios eram poucos, daí que as clareiras que abriam na mata e os resíduos que nela lançavam eram de pouca monta. Hoje, urge que haja uma mudança de relacionamento do ser humano com a floresta, pois que o volume da agressão à natureza é muito grande, já que não somos pouca gente e sim multidões. O desafio que os índios enfrentavam era quanto à própria sobrevivência, mas agora o nosso desafio é quanto à sobrevivência da nossa e das próximas gerações. A poetisa baiana Ester Ferreira nos traz uma reflexão em seu último livro Teu Filho Aguarda a Resposta: “Repetir o que fazem os mais velhos / será o caminho mais sábio?”. Com certeza a nossa resposta terá que ser não, senão desapareceremos.
Não repetir, não trilhar os mesmos caminhos... Mas, o que fazer com todo o conhecimento e a sabedoria dos mais velhos? Seguramente não devemos lançar tudo em uma espécie de balde de lixo da história. Talvez também aqui a reciclagem e o reaproveitamento tenham seu lugar.
Não tenho profunda admiração por guerreiros como Aquiles, ou Átila. Penso que não temos muito que aproveitar da crise infantilóide que o grande guerreiro grego teve quando abandonou a luta contra os troianos, um empreendimento de grupo, por causa do orgulho próprio ferido. Também as infindáveis querelas dos grupos celtas, que propiciaram um sangramento contínuo daquele extraordinário povo, são prova de que os antigos tinham bobagens tão grandes ou maiores do que as atuais. E o que não dizer dos nossos antepassados mais recentes? Os europeus tão bem educados, limpos e estudiosos, devastando o mundo no século XIX, torturando e matando para manter o poder, como hoje em dia faz qualquer destes tiranos do terceiro mundo? E as pessoas cheias de polidez dos séculos passados. Tão admiráveis, comendo da forma certa, curvando a cabeça para as mulheres enquanto se pervertiam no recôndito dos lares. Admiráveis senhores dos engenhos e cidades deliciando-se com o estupro de escravas. Como podemos ver, o mundo de antigamente era tão horrível como o de hoje, senão mais. A diferença é que agora nos horrorizamos um pouco mais, embora não em todos os lugares nem em todas as situações.
Admiro a competência de Aquiles e gostaria de ver esta mesma competência ser usada hoje quando da necessidade real de defesa e também e mais ainda, quando da necessidade de uma diplomacia sem pusilanimidade. É imprescindível que aprendamos com os celtas o seu sentido de liberdade e de nobreza, sua fé em que somos mais do que meros corpos lançados ao mundo. Gosto do senso de dever dos ingleses e do cosmopolitismo francês no século XIX. A coragem dos portugueses do décimo quinto século em seu “navegar é preciso, viver não é preciso” é admirável e sempre o será. Mesmo com todos os seus desvios, os senhores de engenho e das cidades coloniais honravam a própria palavra. Dar a palavra e cumpri-la, sempre será algo a ser emulado.
Não devemos copiar. Não podemos deixar-nos apanhar pela repetição impensada do jeito que aprendíamos a ler antigamente, repetindo “Ivo viu a uva”. No entanto, devemos usar nossa inteligência para atender aos novos desafios, com a coragem de mudar a nossa maneira de atuar no mundo, respeitando cuidadosamente aquilo que recebemos dos antigos, usando todo o enorme cabedal de experiências que deles recebemos, sem, contudo, deixar de construir algo próprio. Usar a coragem de Aquiles, o senso de liberdade celta, o cosmopolitismo francês, o individualismo dos primeiros americanos, o senso do dever inglês, a palavra honrada dos brasileiros (além da sua alegria), juntamente com o impulso ibérico em direção ao mundo novo além dos oceanos. Questionar tudo, experimentar o possível, lidar com o provável neste mundo de incertezas para construir o que há pouco parecia impossível. Erramos, erraremos, errantes, seguiremos acertando. Pois só acerta o alvo quem lança o dardo.
Aureo Augusto, em 10/4/06.
sábado, 3 de abril de 2010
CHUVA E QUARESMEIRAS
Para aqueles que vivem na cidade grande, a chuva, o mais das vezes é um abuso. O lixo largado a toa compromete do sistema de esgotamento, as inundações são comuns, o transito fica mais caótico, a roupa molhada nos ônibus apertados... Os pintores impressionistas fizeram belas imagens da chuva em Paris, da névoa em Londres, do belo efeito da garoa sobre a paisagem urbana. Mas, naquela época as cidades ainda experimentavam a explosão de população, havia, portanto, aquela sensação de novidade de modo que os problemas sociais e a miséria que já existiam ficavam um pouco minimizados. Na verdade, a grande cidade antes da revolução industrial já era terrível para o pobre (e, às vezes, mesmo para o rico). Os carros, a iluminação pública, o serviço de esgotamento, melhoraram as condições de vida para todos, até que o crescimento fez com que a cidade se tornasse algo monstruosamente grande, maior do que os sonhos.
Mas, falava da chuva. Para quem vive no campo a chuva é uma benção. O dia de São José é esperado neste nordeste de pouca água. Noto, aliás, qualquer pessoa com mais de 30 anos por aqui, que a chuva tem reduzido aqui no Vale do Capão. Antigamente esperava-se a chuva das águas desde finais de novembro e sabíamos que a coisa não seria de pouca monta, e não era. Agora temos notado que não vem. Não chove mais como antes. Por isso Cybele e eu ficamos com os corações felizes nesta noite escutando o ronco da trovoada e a força da chuva que caiu grossa como cordões de prata.
Agora olho pela janela e vejo as flores das quaresmeiras agitadas pelo vento, como que lutando contra a agitação para beber a água da chuva, agora transformada em garoa. Há um silêncio no mundo, um silêncio povoado de goteiras! A luz é diferente.
Quando o sol bate forte, sua luz é avassaladora. Quando chove e nasce o dia, a luz se torna difusa e penetra suave, parece que emana das coisas.
OUTRA COISA:
Estamos em plena época das quaresmeiras. Estas flores dão ao Vale um charme todo especial. O legal é que há uma outra planta, o São João, que também tem sua floração nesta época. Suas flores são amarelas, vai daí que o carmim, violeta, roxo, magenta das quaresmeiras se mistura ao amarelo forte do São João. Fica especialmente bonito. Você não pode perder!
Este ano a coisa ficou melhor porque estamos fazendo o festival da quaresmeira durante todo o mês de abril. Teremos exposição, muitas apresentações de música, de artes circenses, teatro, dança, muita coisa, muita mesmo! Eu estarei fazendo uma exposição de pintura, com o título A CANÇÃO DAS QUARESMEIRAS, no restaurante Casa das Fadas. Vai ficar todo o mês. Venha!
Receba um abraço em 3/4/2010 de Aureo Augusto.
Mas, falava da chuva. Para quem vive no campo a chuva é uma benção. O dia de São José é esperado neste nordeste de pouca água. Noto, aliás, qualquer pessoa com mais de 30 anos por aqui, que a chuva tem reduzido aqui no Vale do Capão. Antigamente esperava-se a chuva das águas desde finais de novembro e sabíamos que a coisa não seria de pouca monta, e não era. Agora temos notado que não vem. Não chove mais como antes. Por isso Cybele e eu ficamos com os corações felizes nesta noite escutando o ronco da trovoada e a força da chuva que caiu grossa como cordões de prata.
Agora olho pela janela e vejo as flores das quaresmeiras agitadas pelo vento, como que lutando contra a agitação para beber a água da chuva, agora transformada em garoa. Há um silêncio no mundo, um silêncio povoado de goteiras! A luz é diferente.
Quando o sol bate forte, sua luz é avassaladora. Quando chove e nasce o dia, a luz se torna difusa e penetra suave, parece que emana das coisas.
OUTRA COISA:
Estamos em plena época das quaresmeiras. Estas flores dão ao Vale um charme todo especial. O legal é que há uma outra planta, o São João, que também tem sua floração nesta época. Suas flores são amarelas, vai daí que o carmim, violeta, roxo, magenta das quaresmeiras se mistura ao amarelo forte do São João. Fica especialmente bonito. Você não pode perder!
Este ano a coisa ficou melhor porque estamos fazendo o festival da quaresmeira durante todo o mês de abril. Teremos exposição, muitas apresentações de música, de artes circenses, teatro, dança, muita coisa, muita mesmo! Eu estarei fazendo uma exposição de pintura, com o título A CANÇÃO DAS QUARESMEIRAS, no restaurante Casa das Fadas. Vai ficar todo o mês. Venha!
Receba um abraço em 3/4/2010 de Aureo Augusto.
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