Em 2004 escrevi esta poesia
como parte de uma exposição de pinturas que fiz na cidade de Seabra. Relendo-a
me deu vontade de partilhar com vocês.
HISTÓRIA DE VIDA
O tempo imprime sua marca,
Vinca rostos, fere pedra e
madeira
Rompe a singular estrutura
Estraçalha e refaz
significados
Que marcam cada
individualidade;
Ferro, casa, cidade, cadeira
Braços, árvore, serra,
saudade
Cada coisa sofre o efeito da
idade
E é nisso que se fez a
história
Que define o que somos e à coisa
aquilo que ela é e somos nós
nesta vitória inglória
do existir sobre o não ser!
História de vida: a marca
inalienável
O vinco, o sinal, o registro
indelével
Do tempo que passou
inelutável.
Só viveu quem sofreu a
infalível
Dor que sempre nos visita, o
inefável
Prazer do qual somos fruto
improrrogável,
As marcas deste intemperismo
inacabável
Que é experimentar o acontecer inadiável
Que ocorre entre o nascer sempre inábil
e o adeus impreterível.
Abraço poético para todos de
Aureo Augusto.
Só uma obsevação: A vitória do existir sobre o não ser não é inglória. É a vitória por excelência! Todas as marcas que o tempo imprime sobre nós e sobre as coisas, sao o sinal da experiência que se adquire para, com isso, podermos viver e evoluir sempre.
ResponderExcluirNo mais, é um poema impagável.
Ah, por falar em poesia, por que não aparece no
tescoaqui
e não se habilita a concorrer a três livrinhos de haicais?
Abraço de POE e ético.
grato pelo seu comentário. Mto pertinente. Quis considerar que não devemos nos por como especiais já que o existir não é fruto do esforço pessoal. Não que vangloriar-nos, mas vc tem razão qto as marcas da experiência.
Excluirvou aparecer sim.
abração