segunda-feira, 18 de junho de 2012

ROMA!

ROMA! O que você faria se descobrisse uma promoção de passagem de avião para Roma por R$60,00. Pois é eu também iria aproveitar; e fui. Passei um fim-de-semana lá e achei alucinante. Foi um mergulho na História e na Arte. Para qualquer lugar que você olhar não importa aonde, há algo de arte (inclusive, claro, arte culinária) e algum testemunho das realizações do passado (ainda que seja apenas na arquitetura). O Coliseu é uma coisa, para dizer o mínimo, impressionante. Os aquedutos, as muralhas, o foro, os edifícios em geral. Os romanos sabiam construir para a eternidade! Mas o que mais me tocou de tudo foi o Pantheon. Está excelentemente conservado apesar da idade (2000 anos não é pouco) e mantém uma aura e uma acústica que nunca havia visto. Por coincidência havia uma série de apresentações de corais de todos os lugares do mundo (gostaria de ver o maestro Keiler Rego aqui). Fiquei horas lá dentro. Meus amigos me induzem a ir ver uma lista enorme de coisas, mas peço desculpas a eles. Não dá para ficar menos de duas horas dentro do Pantheon. O resultado é que deixo de ver outras coisas. Mas mesmo assim vi muito em dois dias. Admirei-me do cuidado com os enfeites nas paredes das casas, nas esquinas... No segundo dia, pensava que gostaria de ver uma igreja de Borromini. Lembrava-me a todo momento, mas como estava com amigos acabava esquecendo e via outras coisas. Vai daí que na hora de voltar, no caminho do aeroporto, chegamos em uma esquina com quatro fontes. Ali estava a igreja do grande arquiteto barroco. Deliciei-me. Em Roma assisti a uma pitoresca passeata. O povo se queixando contra as medidas de austeridade (que são mais austeras com quem não tem do que com quem tem – desde dinheiro a culpa no cartório). Era ordeira e pacífica, conquanto nos gritos alguém era endereçado a tomar no culo. Será que culo é o que estou pensando? Era uma passeata com famílias, mães, pais, crianças (inclusive no peito). Uma coisa linda! Não pude deixar de notar a marcante diferença de organização, exuberância, polidez entre outras características, entre italianos e ingleses. São muito diferentes! Uma coisa marcante em Roma são os cheiros. Alguns bons, como o que emana das onipresentes cozinhas. Uau! Mas outros, e são maioria, são pouco agradáveis, variando de um leve e sumamente frequente cheiro fraco de urina velha à subacaria geral permeado de quando em vez por cheiro de cachorro molhado. Já uma coisa muito legal é que os italianos são barulhentos. Muito barulhentos! E o mais interessante: Notei que os alemães e ingleses que aqui aportam começam a fazer barulho também. Entrei em muitas igrejas. Aqui tem três ou quatro empencadas a cada esquina. E nelas, missas onde a culpa está na ordem do dia. É mea culpa pra cá, mea culpa pra lá; e mais mea culpa. E tome-lhe pedir perdão. Fiquei pensando que temos que pecar um bocado pra tanto perdão. Eu pensava que tinha muito turista no Rio de Janeiro ou em Salvador. Que nada! Turismo é em Roma. Milhões se acotovelando em cada esquina. Surpreendeu-me ver muçulmanas no Vaticano, mas o número é o que mais chama a atenção. A Fontana de Trevi parecia 2 de julho no Campo Grande. E o povo numa alegria (eu também)! A fila pra entrar no Coliseu? Muito maior do que BA-VI em final de campeonato. Mas não vi ninguém se queixar. Penso comigo que a cidade de Roma é uma coisa essencial para que compreendamos o gênero humano. Recebam um abraço imperial romano de Aureo Augusto.

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