segunda-feira, 13 de maio de 2013

TERNURA DE CRIANÇA


As crianças são uma coisa deliciosa! Quero só contar uma coisa:
Ontem estava assistindo a uma maravilhosa apresentação de música em Lothlorien, aqui no Vale do Capão, o maestro Stéfano conduzia um grupo realmente impressionante. Fiquei extasiado com o que escutava.

Mas, apesar de ser domingo, as pessoas continuam adoecendo ou se acidentando. Em dado momento, meu filho me procurou para dizer que uma criança se havia acidentado e me esperavam no posto. Fui correndo e tive a tristeza de ver os pais e amigos consternados com uma criança de apenas 3 anos chorando por causa de um corte na testa de mais de 4 cm. Marilza, como sempre, presta, já havia limpado a ferida e cortava os cabelos do infante para que eu pudesse atuar tranquilamente. Anestesiei e comecei a sutura. Embora não sentisse a dor, a situação era suficiente assustadora para que o menino gritasse muito. O pai segurava a cabeça para facilitar o meu trabalho, com firmeza e carinho enquanto a mãe, muito doce, lhe continha o corpo. Não foi fácil conte-lo, mas o trabalho pôde ser feito a contento.
No meio do processo a mãe, tentando em vão tranquilizar a criança, pediu que ela respirasse e tentasse relaxar. No momento em que eu dava um nós no fio ela parou de chorar e disse pra mãe: “Eu não estou conseguindo relaxar”. Olhei para Marilza e ambos ficamos com os corações completamente tomados pela emoção. Naquela comoção com a dor da criança, foi um momento de ternura infinita.

Recebam um abraço terno de Aureo Augusto.

4 comentários:

  1. Que lindo.

    Quando eu fui Técnica de Enfermeira, nos tempos passados, eu vi muita coisa. Graças a Deus. Amei ser enfermeira.

    Entre muitos eventos, tem dois que eu nunca esqueci.

    Um rapaz que estava com fratura exposta e urrava de dor, enquanto se faziam os procedimentos e o pai, o pai, de semblante dorido, tentava conter o rapaz e dizia palavras de amor e carinho.

    E o outro, de nome Djalma, que esteve entre a vida e a morte, com o ílio parado, e outras mazelas, quando todos já o tinham desenganado, eis que eu o encontro, já na porta da Santa Casa (na minha linda cidade de Nazaré), todo, todo, totalmente recuperado, mais gordo......encostado ao corpo do pai. Essa cena me emocionou e cada vez mais, meu sonho de ser uma Profissional na área de Saúde, parecia se concretizar. Era tudo o que eu sempre quis.

    Mas quis o destino (Deus) que eu trilhasse novos caminhos .

    Feliz desse povo, caro amigo. Em ter tudo isso aí com eles, ter você e........e a ternura.

    Receba um abraço marejado de lágrimas de emoção;

    Bjs

    Ju

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    1. Ô minina! Vc é mto terna. O povo deve ter gostado de ter vc como enfermeira.
      bjs

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  2. Vc não imagina, como. Mas quem amou muito eu ser enfermeira, fui eu mesma.

    Eu passei a acreditar que eu fui enfa em alguma vida passada e nessa, foi só aquela canja.....rsrsrr

    Abraços, amigo.

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  3. O melhor da criança é que ela respira sinceridade (apesar da televisão)
    e expressa seu sentimento com simplicidade.
    Em 1982/83, minha esposa estava no ponto de ônibus com meu filho
    Daniel - hoje com 32 anos - quando este largou um sonoro pum.
    A mãe, indignada, questionou-o: - Que é isso, Daniel?/
    E criança, que ainda não conhece pergunta retórica, que não se responde,
    explicou: - É peidjo!
    Abraço perfumado. (ainda bem!)

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