Está claro que final de ano (e princípio) é coisa estabelecida por nós. É um pacto. Por isso mesmo acho maravilhoso! A humanidade de quando em vez concorda consigo mesma e no mundo inteiro as pessoas acabam por festejar momentos como se estes fossem determinações divinas, mas que resultam das construções de nossa própria inteligência. Definimos, por exemplo, aqui no Ocidente (coisa que se estendeu por outras áreas do orbe) que existe um dia ao qual denominamos 31 de dezembro, onde ocorre uma virada, na qual se acaba um ano. De tanto fazer acaba por ser.
Aqui estamos nós, na USF onde trabalho, nos reunindo, fechando o ano de 2011, planejando o próximo ano, vendo quais os temas mais prementes para palestras, cursos, ações e um bocado de outras coisas. Também estamos olhando as gavetas, retirando delas os restos dos dias que não foram usados e que deverão encontrar o lixo para não atravancar a chegada de novos momentos. Já fizemos a confraternização de final de ano, quando o amigo secreto desta vez teve como característica que todos deveriam trazer como presente apenas canecas. Foi muito interessante. Como sempre rimos bastante. Parece que o tempo se encurta quando pensamos no passado.
No ano passado no dia de hoje estava com meu pai na UTI, acompanhando-o em seu fenecer até que se foi no dia 30. Por isso, no seio da família havia uma dúvida quanto a se iríamos ou não este ano fazer o amigo secreto familiar. Felizmente fizemos e minha mãe ficou bem; apesar da saudade foi um momento de grande alegria para todos. Em alguma medida senti que meu pai ficou contente porque estávamos ali mais uma vez juntos, como sempre, na maior chalaça entremeada (por heroísmo de Marizé, minha irmã mais velha) de alguns momentos de oração e meditação. Minha família é bem rica em tipos humanos variados, complexos, cômicos, peculiares e ademais, atrai pessoas interessantes que se agregam ao núcleo como se fosse da família de tal forma que acaba sendo, de modo que vale a pena ficar olhando a turma nas raras vezes em que se reúne. Como qualquer família temos problemas, mas olhando para os anos que findaram vejo o quanto importa saber que temos um passado comum.
Aliás, temos um passado comum nós todos, gente humana e o comungamos com as demais gentes do planeta, como o povo árvore, a gente cavalo ou onça, gente de todo tipo e muitas variedades, mas das quais dependemos e que de nós dependem em maior ou menor medida.
Aqui, em um pequeno posto de saúde de um pequeno lugarejo de uma pequena cidade no centro da Bahia, as pessoas estão lembrando que finda um ciclo no nascer de um novo tempo. O mundo inteiro, que já é tão velho, acaba por ganhar um novo sabor, apenas porque quisemos que assim o fosse. Queiramos mais e sempre de bom!
Recebam um abraço novo de Aureo Augusto.
Sua família lembra em muito, a minha.
ResponderExcluirEu concordo com os seus escritos. Nós, a humanidade, criamos esta finalização/recomeço, até para que, simbolicamente, possamos renascer a cada ano, com novas esperanças, novas fés, novos amores, enfim.
FELIZ 2012 PARA VOCÊ, SUA FAMÍLIA E TODOS NÓS QUE PASSEAMOS PELO SEU BLOG DURANTE AO ANO TODO.
RECEBA UM ABRAÇO CHEIO DE ENRGIA DE PAZ E AMOR.
Jussiara
GRATO Jussiara, pelos seus votos que devolvo com alegria. Para vc tb um 2012 mto legal. Rico e cheio de realizações positivas.
ResponderExcluirabração