Queridos amigos,
estou indo para Salvador amanhã e por isso não poderei colocar o tema de Medicina no dia certo que é sexta-feira, daí faço isso agora.
Continuo sem saber como me comunicar com as pessoas que acessam o blog e deixam mensagens e tampouco sei como me comunicar com o pessoal que segue o blog. Thiago, meu sobrinho, que tem uma paciência de Jó comigo, tenta me explicar por e-mail, mas ou ele é como todo internautico avariado da cabeça e explica de um jeito pirado (o que é verdade) ou eu sou um bocó em internet e afins (o que é verdade) e daí não consigo. Nesta viagem para Salvador vou encontra-lo e assim tête a tête pode ser que aprenda.
Bom, aí vai o texto desta semana:
ANTIBIÓTICOS 2
Comentava outro dia sobre os antibióticos e considerei como o seu uso inadequado levou ao aparecimento de bactérias resistentes e como também ampliou a possibilidade de negligenciarmos o valor do corpo como fator de resistência contra as bactérias (“o terreno é tudo”, como diria Pasteur).
Um outro aspecto negligenciado é que apenas o médico, e, em casos muito específicos, outros profissionais de saúde, tem conhecimento suficiente para receitar antibióticos. Quando um médico receita uma medicação ele está consciente da amplitude dos possíveis benefícios e dos prováveis prejuízos para o organismo. Em sua consciência ele põe (ou deveria por) na balança estes dois fatores: prejuízo/benefício. Avaliando a relação ele receita ou não. Todos os antibióticos trazem consigo efeitos colaterais, muitos deles adversos e, infelizmente a população em geral disso não tem e não toma conhecimento (no Brasil temos 9% de pessoas analfabetas, incapazes de ler uma bula e 76% de analfabetos funcionais, ou seja, capazes de ler algo, mas incapazes de entender uma carta simples, quanto mais uma bula). Porém mesmo a população letrada não se interessa pela leitura das informações constantes na bula.
Eis alguns antibióticos e seus efeitos negativos:
Penicilina: Nossa célula é constituída basicamente de três partes, núcleo, citoplasma e membrana. A célula vegetal, além destas três, tem também uma parede celular; as bactérias, como células vegetais têm esta parede. A penicilina, como vimos em um artigo anterior, atua na construção desta parede no momento da reprodução e, por isso não é tão prejudicial a nós como outros antibióticos. Mesmo assim as diversas formas de penicilina podem trazer alguns percalços: injeções dolorosas, náuseas, vômitos, diarréia. Algumas pessoas desenvolvem alergias que podem provocar coceira na pele, confusão mental, e, mais raramente, convulsão e até morte.
Tetraciclina: Náuseas, vômitos, diarréia. Em pessoas jovens leva ao amarelecimento e enfraquecimento dos dentes. Se uma mulher grávida usa este antibiótico, seu rebento poderá apresentar problemas dentários. Também altera o crescimento dos ossos e pode provocar dores musculares, flebite (inflamação nas veias). Doses altas podem lesar o fígado e levar por isso à morte. Estando com o prazo vencido é muito tóxica.
Eritromicina: Por algum motivo que desconheço é vista como algo muito suave e incapaz de trazer prejuízo ao usuário. Mas pode provocar náusea, vômito, dor no estômago, perda do apetite, empachamento (sensação desconfortável de estar com o estômago cheio). Mais freqüente nos bebês, mas também no adulto, pode provocar icterícia (amarelidão da pele, popularmente conhecida como “tiriça”). Quem sofre do fígado não pode usar.
Gentamicina: É tóxica para os rins, pode lesar o ouvido, diminuindo ou abolindo a audição e prejudica o funcionamento dos nervos.
Cloranfenicol: Pode provocar anemia aplástica, onde o corpo perde a capacidade de produzir células vermelhas (hemácias) do sangue, responsáveis pelo transporte do oxigênio e do gás carbônico. Trata-se de um quadro muito grave que faz com que o indivíduo só sobreviva com transfusões sangüíneas. Ademais pode provocar inflamação nos nervos, no intestino, coceira no ânus. Nas crianças pode provocar uma síndrome que começa com perda do apetite, gases e depois de 12 a 24 horas se continua com moleza, irregularidade na respiração, acinzentamento da pele, culminando com a morte. O pior é que os problemas que este antibiótico provoca independem da dosagem, ou seja, o uso uma única vez pode causar algum destes problemas acima citados. Como é muito forte, atacando diversas espécies de bactérias, o povo gosta muito de utiliza-lo.
Estes são apenas alguns dos antibióticos usados no mundo, existem muitos outros com seus efeitos negativos, seria impossível neste espaço relatar tudo. Mas espero que estes exemplos sejam suficientes para demover o leitor da automedicação. Quem receita remédio é o médico.
Grato por me terem visitado. Recebam um abração.
Precisava entrar em contato com vc para pedir orientações sobre um tratamento para meu filho de 27 anos que é portador de Anemia Falciforme. Precisava muito do seu telefone ou e-mail. Por favor me informe pelo mail
ResponderExcluirwaldetemcq@hotmail.com