Ontem Cybele colocou cadeiras confortáveis na porta de casa, cobertores (porque fazia frio) e me convidou a ver a lua. O Vale do Capão estava completamente imerso na escuridão (faltara luz) e aguardamos o astro adentrar o céu saindo da cortina das serras. O leste iluminou-se aos poucos e de repente vi a borda do disco lunar que logo converteu-se em um amplo círculo de prata. O momento mais bonito foi quando sua borda inferior descansou sobre a borda verde musgo escuro da serra da Larguinha. Parecia que se preparava para tomar impulso antes de lançar-se ao céu estrelado.
Quando saiu total, o Vale iluminou-se de sonho. O mato ficou verdeamarelocinzapratasombreado, como convém a uma noite de lua cheia. Deixamo-nos estar por longo tempo apenas contemplando. Nada demais, nada mais.
Um beijo no coração
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