quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UM DIA/CHUVA MUITO LEGAL!

A chuva antes de ontem foi muito legal! Saí de casa apreciando as cachoeiras rugindo nas serras ao redor. Muitas tanto na Serra do Candombá, no ocaso, quanto na Serra da Larguinha a leste, que dão a forma de telha a este vale. A cachoeira do Batista fazia uma festa boa de se ver. Os rios e córregos já estavam engrossados, mas passei tranqüilo pelas pontes e pontilhões. Poucas horas depois que cheguei no posto é que soube que na minha cola a água subiu no pontilhão da estivinha perto de minha casa, na ponte da Laribel e na ponte de Maninho. Uma mulher pra trazer a filha febril à consulta teve que carrega-la com a água nos joelhos. Ela me contou a aventura. Importa que a criança ficou bem.
Aí deu meio-dia e fui almoçar. Notei na ponte dos Brancos que a água roçava furiosa o fundo da ponte, como se o concreto atrapalhasse seu assanho e isso a deixasse agoniada. Pensei que se subisse mais ia ser difícil voltar ao posto. Nas outras pontes a água já havia cansado de sair do leito, de modo que não tive problema. Apenas no pontilhão perto de casa que não pude passar de carro, mas adorei sentir o frio da água até os joelhos. Deixei o carro na frente da casa de Genésio. Comi tranqüilo e descomi também. Voltei. Quando cheguei na ponte dos Brancos a água havia passado por cima, mas bem pouco. Deu pra passar com o carro tranqüilo (e as crianças amaram ver o barco diferente – imaginaram suas imaginações, estou certo). No trabalho vim a saber que depois que passei a água engrossou o suficiente para que as crianças se divertissem mais com o povo tendo que voltar do que com novos modelos de embarcações. Mas, à hora de retornar ao lar, as águas já haviam baixado e passei feliz desviando, isso sim, dos estragos que o agueiro fez na estrada.
Não foi um dia muito legal?
Recebam um abraço bem forte,
Aureo Augusto

3 comentários:

  1. É engraçado como muito se perde neste êxodo que a gente viveu e vive saindo dos campos para as loucas cidades. Há, quase sempre, pouca alegria num dia de chuva por aqui: o trânsito piora, os ônibus lotam de costumeiros pedestres querendo fazer um trajeto mais projegido, as ruas alagam, os esgotos transbordam, poças se espalham pelas ruas, as encostas "balançam", os carros aquaplanam num susto atrás do outro! Quem tem guarda-chuva bom é rei, os "da passarela" dobram ao contrário e molham roupas, livros, cabelos, bolsas, os pés nem contam mais.... Imagine passar o dia todo no trabalho, ar-condicionado, congelando de frio! Mas o pior mesmo é a preocupação de quem mora mal; não é simplesmente não poder passar com o carro, é não poder ENTRAR EM CASA com medo de desabar junto com ela e todos os seus pertences.... É bem diferente, outro dia, um amigo, acho que nascido e criado na cidade, disse: "ah, como é gostoso o cherinho de asfalto que sobe quando chove....!" Eu, hein, prefiro mil vezes o cheiro de mato molhado.... o que é que a gente tá fazendo aqui mesmo? ANANDA

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  2. Bucus querida,
    Sem ressentimento pelas decisões e descaminhos que nós os seres humanos tomamos e que geraram esta civilização tão pirada (embora com coisas maravilhosas tb), mas o fato é que precisamos parar um pouco a pensar "o que é que a gente tá fazendo aqui mesmo?".

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